Simulacro testa atuação dos bombeiros na Serra do Brunheiro

Um incêndio florestal na Estrada Regional 314, junto a uma linha de alta tensão, foi o cenário para um exercício de simulacro à escala real que envolveu 59 operacionais e 16 veículos esta sexta-feira, 12 de julho, em Vilar de Nantes, no concelho de Chaves.

O exercício iniciou pelas 08h30 com o alerta a ser dado a partir de um posto de vigia para um incêndio numa área de mato e povoamento de carvalho que progrediu para a aldeia e encosta da serra do Brunheiro, tendo sido acionado um meio aéreo. Durante cerca de duas horas foi testado o envolvimento dos diferentes agentes de proteção civil, nomeadamente das três corporações de bombeiros do concelho, numa situação de elevada gravidade.

“Nos últimos anos, temos tido um conjunto de deflagrações, e em alguns casos, incêndios com muita dimensão, e o que se pretende é uma rápida e pronta intervenção no sentido de minimizar, e se possível resolver esse incêndio”, disse o presidente da Câmara Municipal de Chaves.

Nuno Vaz fala em maior “conhecimento” para “uma resposta mais adequada”. “Felizmente não temos tido outro tipo de perdas além das ambientais e económicas, sobretudo ligadas à floresta, mas temos que estar cada vez mais preparados porque sabemos todos que as alterações climáticas são uma realidade”.

O autarca relembra ainda que os comportamentos humanos podem ser “decisivos”. “Se todos nós tivermos um comportamento amigável pela proteção da natureza e floresta certamente teremos menos ignições. Mais do que a limpeza e desmatação é fundamental termos comportamentos que não sejam negligentes”, salientou apelando à população para não realizar fogueiras, queimadas e não utilizar máquinas de combustão em determinadas condições climatéricas.

Este ano, o simulacro foi realizado numa zona considerada crítica na área de intervenção dos Bombeiros Voluntários Flavienses.

“É um exercício da competência do município que visa testar a articulação dos três corpos de bombeiros do concelho e nesta fase, é premente esta articulação porque estamos a testar a coordenação que há entre eles, a coordenação que há entre o comando sub-regional na atuação dos meios”, apontou o Comandante Sub-regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Tâmega e Barroso.

Artur Mota destacou o número de operacionais que este ano compõem o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR). “A nível do Dispositivo de Combate a Incêndios para este ano temos em média 20 equipas de bombeiros, ou seja, 100 elementos, e mais 100 das equipas de intervenção permanente, 32 equipas de sapadores florestais, duas brigadas na CIM [Comunidade Intermunicipal do Alto Tâmega e Barroso], num total de 300 operacionais. Para além disso temos mais 400 a 500 inscritos no recenseamento nacional dos bombeiros portugueses e que, à partida também se mobilizam”.

O Exercício à escala real (LIVEX) contou com a colaboração de 59 operacionais e 16 veículos dos Bombeiros Voluntários de Flavienses, Bombeiros Voluntários de Salvação Pública de Chaves, Bombeiros Voluntários de Vidago, da Proteção Civil Municipal, dos Sapadores do Município, da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR, PSP e o Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Tâmega e Barroso.

Texto e Fotos: Sara Esteves